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O furacão Catarina completa 19 anos em março de 2023. Foi um dos mais notáveis furacões já registrados na história, especialmente por ter se formado no Oceano Atlântico Sul, o que é extremamente raro.
O furacão Catarina começou como uma tempestade tropical em 22 de março de 2004, a cerca de 620 km a leste da costa do sul do Brasil. À medida que se movia para o oeste, ganhava força e se intensificava, tornando-se uma tempestade tropical severa. Em 24 de março, o sistema atingiu a categoria de furacão, com ventos sustentados de 150 km/h.
O furacão Catarina atingiu a costa brasileira em 27 de março, perto da cidade de Torres, no estado do Rio Grande do Sul. No momento do impacto, o furacão tinha ventos sustentados de cerca de 140 km/h. Embora a intensidade do furacão tenha diminuído rapidamente após o impacto, ele ainda causou danos significativos.
Devastação e mortes no Litoral. Primeiro furacão registrado no Atlântico Sul e único a registrar rajadas acima dos 180 km/h no Brasil. Era o Catarina, que deixou mais de 27,5 mil desalojados, 1,5 mil casas destruídas e quase 36 mil danificadas, onze mortos e 518 feridos. O fenômeno atingiu as costas catarinense e gaúcha no dia 27 de março de 2004, mas o estado vizinho ao RS teve mais prejuízos: 14 municípios decretaram estado de calamidade pública. Para amenizar os estragos foi destinado R$ 1 bilhão ao governo catarinense.
Próximo ao rio Mampituba, uma casa foi destruída cerca de 50 metros rio acima e acabou parando, literalmente, em outro estado: ela havia sido inicialmente construída no município de Torres, no Rio Grande do Sul, mas acabou em Passo de Torres, no interior de Santa Catarina.
Além das mortes, os prejuízos econômicos atingiram a agricultura de banana da região, que perdeu 85% da produção, e de arroz, que perdeu 40% do trabalho desenvolvido até aquele momento. Dos edifícios públicos, 397 foram danificados e três foram destruídos. A maioria das casas danificadas tiveram algum tipo de falha ou colapso do telhado. De modo geral, os danos foram atribuídos à baixa qualidade da construção; em residências de tijolo geralmente faltavam gesso, vigas ou colunas. Apesar da inexistência de uma estrutura de alertas e de avisos específica para ciclones tropicais no país na época, as autoridades brasileiras conseguiram evacuar a população litorânea com rapidez.
Desde então, somente o Tornado de Xanxerê, em 2015, e o Ciclone-bomba, de julho de 2020, se aproximaram da fúria do Catarina, que marcou a história daquele estado.
O furacão Catarina foi um evento meteorológico sem precedentes na história do Brasil e chamou a atenção dos cientistas e dos meios de comunicação em todo o mundo. Desde então, não houve mais nenhum furacão registrado no Oceano Atlântico Sul, embora alguns eventos semelhantes, como ciclones subtropicais, tenham ocorrido.