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O médium e líder espírita Divaldo Franco faleceu na noite desta terça-feira (13), aos 98 anos, em Salvador (BA). A morte ocorreu às 21h45, em sua residência na sede da Mansão do Caminho, no bairro Pau da Lima, onde ele recebia cuidados paliativos em regime de home care. A causa oficial ainda não foi divulgada, mas Divaldo enfrentava um câncer na bexiga desde novembro de 2024 e apresentou falência múltipla dos órgãos nas últimas horas de vida.
Reconhecido como uma das maiores referências do espiritismo no país, Divaldo dedicou mais de sete décadas à doutrina espírita e ao trabalho assistencial. Natural de Feira de Santana, a cerca de 100 km da capital baiana, sua trajetória começou a ganhar destaque em 1952, quando fundou a Mansão do Caminho, instituição que acolhe e educa crianças em situação de vulnerabilidade social. Com o tempo, o projeto se expandiu e passou a oferecer escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico gratuito, transformando-se em um importante centro educacional e social.
Divaldo também construiu uma sólida carreira como escritor. Publicou mais de 250 livros, muitos deles psicografados, e teve suas obras traduzidas para diversos idiomas. As vendas dos livros e das gravações de palestras e seminários ajudaram a manter o funcionamento da Mansão do Caminho. Em 2015, sua vida foi retratada na biografia escrita pela jornalista Ana Landi.
Mesmo sem filhos biológicos, Divaldo era reconhecido como pai por cerca de 685 jovens que criou e educou ao longo dos anos por meio da entidade.
O velório será aberto ao público nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, no ginásio de esportes da Mansão do Caminho. Conforme seu desejo, as cerimônias serão breves, o caixão permanecerá fechado e não haverá cortejo em carro aberto. O sepultamento está marcado para quinta-feira (15), às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador.